Dívida boa e dívida ruim: você sabe a diferença?

Algumas dívidas podem beneficiar o consumidor em diversos aspectos, enquanto outras acabam comprometendo o orçamento familiar e a vida financeira.

 

A palavra dívida é responsável por assustar grande parte das famílias brasileiras, sendo considerada a grande vilã da população. Toda compra, seja de um imóvel, produto, carro, comida, entre outros, que não é paga à vista, acaba se tornando uma dívida. Por este motivo, ao contrário do que muita gente pensa, a dívida não é necessariamente ruim.

Conforme explica o professor da FGV e palestrantes nas áreas de Finanças, Governança e Gestão, Andriei Beber, normalmente a dívida acaba sendo vista como ruim, no entanto, existem aquelas que são necessárias e podem ser consideras boas. “Dívida boa existe sim. Essas são capazes de gerar, a médio e longo prazo, patrimônio líquido e agregar valor a sua vida. Essas são consideradas sustentáveis”, ressalta. Segundo o professor, um financiamento para a compra de imóveis, que a longo prazo podem valer muito mais, ou para investir em uma faculdade, que lhe trará mais conhecimento e possíveis chances de conquistar uma carreira bem sucedida, são alguns exemplos de dívidas boas. Além disso, outro exemplo de dívida boa é a de um empréstimo para abrir ou ampliar um negócio próprio.

Dívida ruim

Ao contrário disso, as dívidas ruins são aquelas que reduzem o seu patrimônio líquido. Ainda conforme Beber, na maioria das vezes, essas dívidas são tipicamente para consumo e, em grande parte, desnecessárias. Entre elas estão o financiamento para a compra de um carro e as compras de comida e roupas realizadas no cartão de crédito. “A dívida ruim é responsável por prejudicar a sua vida financeira. Ela também pode acabar destruindo a sua credibilidade no mercado. Por este motivo, pense bastante antes de fazer qualquer dívida e estude se o resultado obtido com ela valerá a pena”, orienta.